O acesso à beleza e à estética está relacionado com acesso a informação, cultura e história. Beber da fonte do conhecimento é o que permite lapidar o olhar, refinar o gosto, compreender os conceitos de harmonia, simetria, ordem, senso de proporção.
É óbvio que quem tem mais possibilidades financeiras tem uma gama de escolhas mais abrangentes, contudo, se não houver o mínimo de senso estético nem orientação, isso até pode ser uma cilada, pois há a tendência de comprar uma grande quantidade de coisas e que depois nada conversam entre si.
Neste sentido, e respondendo à pergunta colocada no título, ter uma casa bonita, com ordem e harmonia, tem a ver com conhecimento e estudo sobre coordenar proporções, cores, texturas, padrões, iluminação e objetos e não sobre poder financeiro. Acrescento ainda outro aspecto para além do conhecimento: numa época onde há tanta variedade de materiais, texturas, cores, formatos e imitações de tudo, não deixar ser manipulado por quem quer vender e que induz sempre que todos os modismos são bons e ficam bem, também é um bom passo no sentido de ter uma casa equilibrada. Ser novo não é sinónimo de ser melhor do que o que já existe, é preciso ter muita cautela com as tendências e modismos.
É perfeitamente possível, dentro da realidade e possibilidades de cada um, deixar a casa mais aconchegante, confortável e bela até porque, um bom projeto perpetua-se no tempo e, por isso, não tem que andar sempre a trocar os itens.
O acesso ao conhecimento proporciona saber fazer as escolhas mais inteligentes, a focar nos pontos que trarão maior impacto e, consequentemente, a tomar melhores decisões. A consultoria de arquitetura de interiores, por exemplo, é um direcionamento, uma orientação, para a resolução desta problemática.
Fez-vos sentido esta reflexão?
Um abraço,
Ana.
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